6 de mar. de 2010

Nova tecnologis SSD - Que "bicho" é esse????

Após ser indagada por um aluno sobre três letrinhas aparentemente inofensivas, resolvi realizar uma pesquisa para entender uma pouco mais sobre o que significa SSD e assim compartilhar com vocês... Bye bye
Walzinha

Além da popularização dos pendrives e cartões, a queda no preço da memória Flash possibilitou o surgimento dos primeiros SSDs ou "Solid State Disks" (discos de estado sólido) de grande capacidade. Um SSD é um "HD" que utiliza chips de memória Flash no lugar de discos magnéticos. Eles são projetados para substituírem diretamente o HD, sendo conectados a uma porta SATA ou IDE.

Embora as taxas de transferência (na maioria dos modelos) seja comparável à de um HD modesto, os SSDs oferecem tempos de acesso extremamente baixos, o que melhora o desempenho consideravelmente em uma grande gama de aplicativos e reduz bastante o tempo de boot. Os SSDs oferecem também a vantagem de consumirem muito menos eletricidade, serem mais resistentes mecanicamente (por não possuírem partes móveis), além de serem completamente silenciosos.

Em compensação, eles possuem uma desvantagem fatal, que é a questão do custo. Em maio de 2007, um SSD de 32 GB da Ridata (um dos modelos mais acessíveis) custava US$ 475, isso se comprado em quantidade, diretamente do fabricante. Naturalmente, os preços devem cair com a passagem do tempo, mas isso será um processo gradual, acompanhando a queda no custo por megabyte da memória Flash.

Devido à grande diferença de preço, os SSDs ficarão de início restritos aos notebooks ultraportáteis, onde suas vantagens são melhor aproveitadas. Conforme o custo da memória Flash for caindo, é possível que eles passem a concorrer com os discos magnéticos em outras áreas, mas isso ainda demorará algum tempo.

Também temos os hds híbridos, que misturam a tecnologia comumente utilizada (magnética) e a nova ssd. Inavadora como sempre, a Samsung lançou no Japão um notebook com respectivo HD híbrido, que promete ser a ponte entre os clássicos HDs e os SSDs, uma vez que misturam memória tradicional com tipo flash, garantindo algumas vantagens, como maior duração da bateria e respostas mais rápidas. O Q30 traz o HD híbrido MH80 de 80 GB com 256 MB flash. Vem também com processador 1,83 GHz Intel Core 2 Duo T5600, monitor de 15.4" WXGA, placa de vídeo NVIDIA GeForce 7400 mobile com 256 MB de RAM e gravador de DVD dual-layer.

Discos rígidos ou SSD?

Embora a preços mais elevados, os notebooks com SSD fazem parte das principais novidades desde o final do ano passado, altura em que o fabrico destas drives começou a ganhar massa crítica e a procura justificou a sua comercialização a custos mais acessíveis. Ainda no mês passado a Samsung anunciou que ia massificar a produção de drives de 64 e 128 GBytes, o que pode levar a novas reduções de preços.

A capacidade de armazenamento tem também vindo a aumentar e se os primeiros modelos de notebooks com SSD estavam limitados a 64 GBytes, começam agora a chegar às lojas equipamentos com 128 GBytes, como o Toshiba Portégé R500, prometendo-se ainda para este ano drives com o dobro da capacidade, chegando aos 256 GBytes.

A concorrência faz-se já notar na redução de preços que as marcas estão a aplicar nos modelos com SSD. Inicialmente esta era uma distinção que se pagava cara, mas agora os preços são ajustados, por vezes de forma discreta, como aconteceu recentemente com o MaBook Air, da Apple.

Verifique os vários argumentos de diferenciação entre o SSD e os discos rígidos:

1 – Peso – Comparadas com os discos rígidos, mesmo os mais portáteis, são mais pequenas e leves as drives de SSD, o que as torna ideais para equipamentos de grande portabilidade. A diferença no peso final do equipamento varia consoante as marcas mas no caso do Toshiba Portégé R500 é de 200 gramas entre o modelo com drive SSD de 64 GBytes e o de disco rígido de 160 GBytes, enquanto no MacBook Air não existe diferença, dado que o disco utilizado é uma drive de 1,8 polegadas de 80 GBytes, já no limite da “elegância”.
2 – Capacidade – Se este era inicialmente um “senão”, a diferença começa a esbater-se. Depois dos primeiros discos de 64 GBytes, começam a aparecer no mercado modelos de 128 GBytes e prometem-se até final do ano drives de 256 GBytes, o que já ultrapassa largamente a capacidade de armazenamento disponível em disco rígido de muitos portáteis.
3 – Fiabilidade – Nesta área o argumento em favor dos SSD passa pela ausência de peças móveis, que muitas vezes são as causadoras de perdas de dados irreparáveis em discos rígidos de portáteis, sujeitos a maior “stress” do que os computadores de secretária pela movimentação e transporte.
4 – Performance – Em relação à performance não há ainda uma opinião unânime. A maior velocidade de acesso aos dados é muitas vezes apontada como uma vantagem do SSD mas alguns relatórios recentes contrariam esta crença, sobretudo quando a comparação é feita com discos de 7.200 rotações por minuto.
5 – Consumo de bateria – Apesar das notícias que têm sido divulgadas sobre o aumento do consumo de bateria provocado pelas drives SSD, este ponto também é polémico e uma análise do site Tom’s Hardware garante que não passa de um hoax, assegurando que de facto há uma redução de consumo de bateria com o uso destas drives.
6 – Preço – Como já referimos antes, a inovação com a aposta na tecnologia SSD ainda se paga cara. O custo mais elevado das drives e a “novidade” justifica custos de mais algumas centenas de euros, mas a tendência é para reduzir a diferença entre os modelos de disco rígido e Solid State Drives.

Mesmo que as SSD ganhem nesta comparação, ainda estamos longe de poder decretar a morte definitiva dos discos rígidos. As duas tecnologias vão certamente coexistir durante muito tempo e provavelmente ganhar novos rivais a curto prazo.


Link para vídeo no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=rLEJldTv54k

Fontes: